quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Rosa Cremada

Lágrimas correm em meu rosto
Porque te vir embora
E assim sinto um ódio morto
E uma saudade lírica e sonora.

Meu coração quer gritar
Para o mundo ouvir.
Um “eu te amo” começa a ecoar
E minha voz termina a sucumbir.

Preso estou ao seu amor
E não consigo transpor
O meu vivo calor
Em neve de isopor.

Um adeus me faz sentir
A dor duma despedida.
A saudade me faz descolorir
Em preto e branco, a melancolia desmedida.

As nuvens desenham no céu
As lembranças vivas em minha mente.
Sinto assim com gosto do fel
O germinar duma semente.

Ela cresce e se transforma
Numa rosa cremada,
E de fogo contorna
Uma paixão já maltratada.

As cinzas se espalham
Levando os restos de sentimento,
Que por outrem se fartam
Misturados com o vento.

Não posso mais nada dizer
Porque você não vai ouvir,
Depois de assim desaparecer
Na brisa a se esparzir.

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