quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A Sereia

Gótica sereia,
Numa praia tropical.
A areia te incendeia,
Perante a lua fatal.

Teu doce canto,
Aos marinheiros encanta,
Causando espanto,
Às águas que levanta.

Teu silêncio letal,
Aos corpos petrifica.
Com olhar do mal,
Ao sacrifício suscita.

Teu olhar hipnotiza
Os homens desavisados,
Puxando-os para a vida
Dentro do mar revoltado.

Teus cabelos ondulados,
Teu corpo moldado,
Tua cauda malvada,
Teu coração vingado.

Impossível se livrar
Dum transe assim,
Tento então voar
Para o céu sem fim.

Enquanto me afasto,
Vejo teu triste olhar,
Teu rosto nefasto
E sua boca a me chamar.

No meio do vento,
Envolto a lembranças,
Vejo-te ao relento,
Segurando a eterna esperança.

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