Uma vez criado,
No auge da maldição.
Veneno derramado
Pelo cálido escorpião.
A lua chama seu nome
Para vagar no deserto,
Matando sua fome
No firmamento liberto.
Com seu aguilhão
Calmo e sereno,
Mata na escuridão,
Pois lá está seu veneno.
Após matar sua comida,
A devora com as quelíceras,
Mordida por mordida,
Numa frieza mortífera.
Num golpe de azar,
Picado é seu coração,
Pelo veneno a gargalhar,
Numa terrível traição.
Sua alma grita.
Seu espírito voa.
Cauda maldita.
Rainha e sua coroa.
A natureza chora,
Pois seu guardião morreu.
Viva na aurora
Eternamente creu.
Adeus, terna criatura.
Sanguinária e sonora.
Invertida candura,
Que viveu outrora.
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