À luz dos refletores, dança um belo ser
Blasfemando o tempo, jogando bravatas,
Gargalhando para o céu com risada tão insensata
Humilhando o vento a subir e a descer.
Sorriso macabro possuía a bailarina.
Dançava, pulava, cabelo esvoaçante,
Passos altivos, postura galante,
Corpo de mulher, rosto de menina.
Feito borboleta, suave voava.
E o público que a via, terminava a aplaudir
Com inocente vênia, imortalmente ecoava.
Ao cair das luzes, tudo voltava a se colorir.
Calada, a realidade voltava,
E depois do espetáculo, o mundo voltava a brunir.
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