quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A História do Corvo e do Pombo

Depois da madrugada,
O sol nasce e floresce.
A noite depois de calada,
Continuamente apodrece.

Os ninhos se remexem,
As asas sem abrem,
Os olhares se enegrecem,
E os pássaros em voo caem.

No meio do vento,
Penas se agitam.
Perdidos no tempo,
Olhares se fitam.

Os corpos se entrelaçam,
Os sentimentos afloram,
Nuvens loiras se olham,
Os belos olhos choram.

As garras afiadas se lançam
Sob um céu maldito,
Diante do sol dançam
Produzindo um veredicto.

O pombo radiante voa
Com suas penas brancas,
Sua alma ecoa
E aos corações espanta.

O corvo gótico paira
Com sua cauda obscura,
Seu espírito vaga
Por uma terra impura.

O pombo diz que o ama,
O corvo diz que o odeia.
O pombo queima em chamas,
O corvo assim se incendeia.

A morte os consome enfim,
Voando neste lindo jardim.
Penas sobre marfim,
Ao relento neste triste fim.

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