Sozinho no meu quarto,
Sempre atormentado
Pelos fantasmas do passado.
Ouço murros abafados na parede!
Acho que são os demônios da minha vida
Em busca da minha carne pecadora.
Engolem-me no infinito
Sem me deixar ouvir uma última vez
O som do canário vermelho.
Sentir outra vez o revoar dos morcegos,
Enquanto estava preso naquele castelo monstruoso
Ao qual todas as portas eram bocas
Dos mesmos serem que me levam embora.
Sem ter redenção ou piedade,
Sou engolido em súbito.
O desespero do incerto me possuiu.
O que fazer agora? Chorar?
Se chorar adiantasse eu já estaria salvo.
Vou embora deste mundo
Vomitando os pensamentos que outrora
Foram palavras que engoli pelos ouvidos.
Pronto!
Agora já podem se saborear de mim,
Demônios incrédulos e natimortos.
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