Perdido na bruma,
Da noite sem fim.
A quietude perfuma
As trevas feitas pra mim.
Ouço gritos na madrugada
A neblina me faz flutuar
Arrancando-me os pés do chão.
Uma energia sobe a me acalmar
Suspirando por tão doce sensação.
Noite pérfida e calada
Os seres tremeluzentes
Avistam-me a chorar,
Bebem minhas lágrimas inerentes
Enquanto me abraçam no doce luar.
O escuro é minha morada
No concreto, brota a negra rosa
Que se esvai à luz do sol,
Morre triste e lacrimosa
Tendo a morte como farol.
Oh! Doce lua imaculada
O vento leva o cheiro de sangue
Derramado de meu viver,
Cego às nuvens, porém exangue,
Caio, e meu mundo volta a aparecer.
A dama carrega de luz feita a espada
E eu sigo por essa estrada
Eternamente a gritar,
Chamando a rosa dissipada
Sem nunca parar de chorar.
Berros no horizonte, gritos na madrugada
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