Negro ser que da morte é irmã,
Boia na água, murmurando sanguinolenta,
A praga rainha de natureza violenta,
Feroz, devora o sol, o dia e todo o amanhã.
As sombras compõem seu esqueleto
Que se decompondo às moscas, pede e grita
Perdão a todas as almas numa prece infinita,
Atada com todos os demônios pelo amuleto.
Segurada pelos braços do inferno,
A vampira presa está agora,
Por um ódio antigo, porém moderno.
Chora, clama, berra a toda hora,
Enquanto seu amado chora neste inverno
E suas mortas lágrimas a saudade corrobora.