sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Menina da Fita Vermelha

Anne era uma menina afável, porém promíscua, ela tinha apenas 12 anos e morava naquele prédio grande e verde, ela sentava em frente dele, todos os dias exatamente à meia-noite, eu também passava por ele sempre a esse exato momento. Eu, um jovem missionário que estava a um passo de me entregar ao celibato tinha que conhecer melhor aquela rapariga antes que o fizesse. No meu passeio diário, ela sempre me olhava diretamente, bem no fundo dos meus olhos como um animal que instiga desafio, parecia estar me provocando. Eu estava me apaixonando, ela tinha uma aparência doce por causa da fita vermelha que usava em laço na cabeça, como um semblante de pureza. Um dia resolvi tomar coragem e ir falar com ela, tinha medo da rejeição e de ela humilhar a mim e aos meus sentimentos. Queria saber o segredo de seu rosto, o mistério de se corpo e o enigma de sua vida. Eu me aproximei e ela me olhou de cima à baixo, eu então falei:

- Quer sair comigo?

Ela então fez uma cara de orgulhosa e eu esperava um não bem dito na minha cara, e ela disse:

- Sim, estava mesmo com muita fome!

Depois de dizer essas palavras, ela soltou um sorriso sinistro e macabro, eu não sabia se ela escondia algum segredo, mas logo iria descobrir. Ela se levantou puxou minha mão com força e me levou para um beco escuro. Ela começava a me beijar ardentemente e eu correspondia, pois o meu desejo mais profundo estava se realizando. De repente seus olhos ficaram cor de fogo, ela parecia um monstro, eu tentava resistir, mas ela parecia ter uma atração magnética que não me deixava fugir daquela tentação. Ela pegou meus pulsos e prendeu a parede com uma força sobrenatural que chegava até a me machucar, ela os apertava tanto que parecia que eles iam estourar, e assim foi feito, meus pulsos estouraram como dois balões e o sangue espirrou pelo ar. Ela sentiu o cheiro forte e quente do sangue jorrando do meu corpo, eu tentava gritar, mas não conseguia porque ela ainda me beijava, ela ergueu o rosto depressa com voracidade, já davam pra ver os caninos afiados e prontos para serem usados, eu já tinha todas as informações de que precisava para entender o seu segredo: ela era uma vampira.

Não sei se fui muito burro ou apenas inocente para não perceber o seu verdadeiro ser. Ela sugava meu sangue como um doce néctar que limpava sua mente e espairecia sua cabeça, ela sugava tudo com força e a minha vida que naquele momento estava dividida em cada gota do meu sangue perdia-se em meio ao organismo daquele monstro. Depois que ela terminou de saciar sua sede, jogou meu corpo no chão esperando a morte ao relento no chão frio à beira da sarjeta agradecendo pela vida que eu tive e me arrependendo dos meus pecados e do meu maior erro da minha vida que foi ter preferido o prazer. Eu fechei meus olhos e meu espírito se dissipou.

Um comentário:

  1. oiiiiiiiiiiii
    igor adorei esse conto foi ótimo detalhaqr a morte de uma pessoa por um vampiro
    adorei sou sua fã
    bjs

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